segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Amor ou liberdade?

Isto hoje vai aqui uma grande misturada de conceitos na minha tête...

Na aula de História dei a separação dos poderes, a separação entre a esfera pública e privada, enfim, essas separações todas...

Isto fez-me pensar um pouco em quê que isto se reflecte hoje em dia na nossa vida pessoal, enfim, nada a ver, mas estive a pensar na dualidade trabalho/oportunidades versus pessoas, nomeadamente AQUELA pessoa especial...

Na Anatomia de Grey, no episódio de hoje, a Doutora Bailey vira-se para o Doctor Shephard e diz-lhe que o trabalho, a excelência, o sucesso, nada valem se não tivermos alguém com quem o partilhar. Encoraja-o assim a escolher ficar com a Meredith, em vez de se separar dela para não ficar prejudicado na corrida para Chefe de Residência. (isto para os fãs desta série é o 1+1=2)

Lembrei-me então de um meu amigo que deixou para trás o triplo do salário no estrangeiro para poder ficar junto da namorada.

Lembrei-me também de um livro que li há uns tempos, que dizia precisamente o contrário. Pelo menos parece-me que é contrário. O livro dizia que hoje em dia as pessoas ficam de tal modo dependentes umas das outras que deixam de viver a sua própria vida, e que isso as torna infelizes. Isto é, uma pessoa só se torna verdadeiramente realizada não estando dependente da outra, mas ESCOLHENDO estar com essa pessoa. E uma pessoa só pode escolher estar com uma pessoa quando não depende dela, ou seja, não precisa dela para viver, mas é livre e escolheu este caminho.

Entretanto, e também hoje, estava a ouvir a web-rádio cristã lá do Tallahassee, e no meio do gospel eles lá contaram a seguinte história: a Anne era esposa do Andrew e um dia ele decidiu sair de casa e separar-se dela. Ela tinha deixado a sua vida toda dependente dele, todo o sentido da vida dela, toda a razão de viver dela tinha-se baseado nele. De repente, ela encontrou-se sozinha e sem motivos para viver. No entanto, foi a um grupo de estudos bíblicos que a apoiou muito, e onde ela descobriu que Deus não quer que baseemos a nossa vida noutra criação de Deus, mas sim n'Ele mesmo. Quando, após algum tempo, ela conseguiu transformar a sua vida e assentá-la nos devidos pilares, o Andrew voltou.

Enfim, após esta misturada toda, eu pergunto-me a mim mesma se se deve escolher entre o amor e a liberdade, ou se o amor por si só libertará, ou se se deve escolher o nosso caminho e viver paralelamente com outra pessoa, ou se quê...?

7 comentários:

Colombianita disse...

olha eu tambem ja me fiz essa pergunta muitas vezes..e tu mais do k outras pessoas deves saber o porque. eu quero viver a minha vida sem depender nessa pessoa especial, mas ao mesmo tempo penso: o que sera de mim sem essa pessoa especial?? sera que daqui a 20 ou 30 anos vou olhar pra tras e pensar, fiz tudo o que sempre quiz mas agora tou sozinha..
its hard...acho que cada um acaba por fazer a sua escolha, dependendo das suas prioridades.

Anónimo disse...

Só uma breve nota de uma leitora assidua do teu blog...: na minha opinião, quando se trata de amor verdadeiro, ele não tem de ser escolha... porque inevitavelmente faz parte do caminho!...

Ajudei em alguma coisa???? ;/

Beijocas

Anónimo disse...

Acho tudo muito relativo,mas concordo com o que foi dito pela raquel.
Eu vejo o amor como uma fatalidade,mesmo que não queiras é mais forte do que tu..não acho logico ires contra o que sentes..deves deixar fluir o que sentes e fazer as tuas escolhas segundo o que sentes e o que te possa fazer feliz..caso contrario não vejo como é que uma pessoa pode se sentir realizada.
A Base da questão na minha optica é não se levar as coisas ao extremo..tudo tem de ter um equilibrio..o amor pode ser intenso,inconsciente e belo sem para que isso tenhemos de deixar de ser nos proprios..uma relação deve ser uma mistura de coisas boas..tipo batido de morango..uma pessoa é o leite e a outra é o morango,misturam-se e pluff..miahmi ;) (se exagerares nos ingredientes pode não ser tão miahmi..é ai que reside a questão..fazer a receita como deve ser..de forma equilibrada :))

Anónimo disse...

grande texto ritinha :P foi profundo... e em resumo tudo deve ser equilibrado :P

Rita Costa disse...

Raquel: ajudaste sim :) realmente faz sentido... obrigado!

Jaime: hehe, gostei da imagem do batido :P

Martita: thanks :)

Miguel Marques disse...

ritinha, sei que tenho andado um pouco ausente e por isso as minhas mais sinceras desculpas!! Tenho andado como tu bem sabes a aproveitar a felicidade que me envolve neste momento! Mas não me esqueço de ti amiga, espero que estejas bem (parece-me que sim) lá escrever bem pelo menos escreves ;)

Acho que como já foi dito o equilibrio é sem duvida a receita certa.

Beijinhos

Anónimo disse...

Se o amor não te der liberdade... Porque é que se chama amor?

Tu traças o teu caminho, e escolhes usando da tua liberdade! E se esta escolha passar por escolher amor em vez de + dinheiro... Nunca se pode ter tudo... Simplesmente usaste a tua liberdade para escolher uma de duas opções...

Axo que o arrependimento é que faz com k nós sitamos falta de liberdade... Mas isso parte de nós! Fazermos opções e as agarrarmos com unhas e dentes em vez de desistirmos delas... (a vida n volta atrás...)

Portanto o lema é viver livremente: e quando se tem que fazer opções.. depois dedicarmo-nos a elas com todo o nosso ser!

PS: Rita is addicted to FOX!! lol

Beijinhooss :P